DIA INTERNACIONAL DA MULHER
O que há de melhor de nós? Esse foi o tema da palestra ministrada pelo médico geriatra, especialista em medicina preventiva, Carlos Eduardo Accyoli Durgante, no dia 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, na sede da AGAFISP. Fazer o bem para o próximo, como explicou o especialista, é um dos melhores remédios preventivos contra doenças físicas e emocionais. Os nossos sentimentos e emoções boas ou ruins são transmitidas diretamente para as nossas células, que adotam o nosso estado emocional.
Cientistas buscam cada vez mais ampliar o conhecimento nas questões emocionais que afetam a saúde. Ele enfatizou que é fundamental o entendimento de que o estado emocional, psicológico e espiritual são fatores que geram doenças, bem como os processos bioquímicos falhos, erros genéticos, bactérias, vírus, etc.
Vivemos em um mundo moderno e com muitos recursos tecnológicos, que acabam nos enviando uma gama imensa de informações. No entanto, de acordo com o especialista, nosso cérebro não está preparado para tantas informações, por isso, ocorrem as distrações e a falta de memória. Segundo ele, as pessoas estão mais impacientes, estressadas, com dificuldades de dormir, pois passam tempo demais na internet. “A nova era da tecnologia está nos acorrentando”. Isso tem que ser tratado como um problema de saúde pública. “Os jovens já estão sofrendo com isso”.
A nossa saúde emocional é o nosso maior tesouro. Estudo médico de 2008 publicado em um jornal britânico relaciona a depressão, com o câncer de mama. Portanto, na mesma proporção, sentimentos de otimismo e de felicidade geram saúde física. O otimismo é algo inerente ao ser humano e o estudo traça essa comparação com mulheres mais pessimistas.
Conforme o especialista, o cortisol, hormônio do estresse, também é um inimigo da nossa saúde, mas os hábitos saudáveis, pensamentos elevados, sentimentos positivos e de fé, são neutralizadores de doenças. Existem pessoas, explica, que nunca descansam e têm estresse crônico, que afetam o físico, principalmente o intestino, a pele e a memória. A ansiedade e os medos excessivos geram uma onda tóxica no organismo. “Nossas células estão sendo bombardeadas constantemente por uma ampla gama de sentimentos e emoções que partem de nós mesmos”, salientou. Acontecimentos ruins podem ser ressignificados com a ajuda de especialistas e impulsionados pela fé.
Mas como não nos deixarmos levar por esse mundo mais pragmático, rápido e digital? Para o médico, a receita é simples: “Pessoas mais altruístas são mais felizes, o resultado é melhor do que o Rivotril”, brincou. Ou seja, é preciso desenvolver a empatia, ter uma postura mais otimista perante a vida, ajudar o próximo, por exemplo, libera no organismo a dopamina (hormônio da felicidade) e a ocitocina (hormônio do amor). Os sentimentos positivos perante a vida ativam as células de forma positiva.
É curioso, comentou o médico, que pessoas mais tolerantes e que exercitam mais o perdão, adoecem menos. “Uma pessoa raivosa e hostil corre muito mais riscos de infarto”, alertou.
Após a palestra, as participantes confraternizaram e aproveitaram o Dia Internacional da Mulher com um delicioso chá com bolos e salgados.
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